5 jogos brasileiros que você precisa conhecer

5 jogos brasileiros que você precisa conhecer

Graças aos deuses e à evolução do mercado nacional, foi-se o tempo em que game bom tinha que vir da gringa. Hoje o Brasil não faz feio e, sem muito esforço, dá para encontrar opções bacanas dos mais diferentes gêneros realizadas por aqui. Prova disso é esta seleção cinco estrelas de jogos brasileiros que você precisa conhecer – e, se já conhece, revisitar quando duvidar que a pátria de chuteiras também é dos consoles e setups!

Dandara

Começamos a brincadeira no mundo de Salt, cenário de um game verde-e-amarelo raiz. Primeiro brasileiro a entrar no top 10 de melhores jogos do mundo feito anualmente pela toda-poderosa Revista Times, “Dandara” se inspira na guerreira e capoeirista negra que lutou contra a escravidão, ao lado de Zumbi dos Palmares, no Brasil colonial. 

O game de plataforma e metroidvania 2D se passa num mundo à beira do colapso. Os cidadãos, que um dia foram espíritos livres, vivem oprimidos, amedrontados e isolados. Neste cenário, surge a heroína Dandara, que acorda de um sono profundo para salvar seu povo. Dandara se desloca por meio de saltos, ultrapassa obstáculos e derrota vilões com poderes mágicos. 

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Ao longo das partidas, dá para investigar mapas e descobrir segredos que podem ser usados nas batalhas. Conforme o jogador avança pelos desafios, descobre mais sobre o mundo onde a aventura se desenrola, no game desenvolvido pelo estúdio Long Chat, de Belo Horizonte, e disponível para PlayStation 4, Xbox One, PCs, Android, iOS e Switch.

Um detalhe para quem curte referências culturais e históricas: a famosa pintura modernista Abaporu, de Tarsila do Amaral, aparece viva dentro do jogo para desbloquear uma das habilidades de Dandara.

Chroma Squad

Do mundo distópico de Dandara partimos para “Chroma Squad”, um jogo de RPG que homenageia os Power Rangers e o Tokusatsu, gênero japonês de filmes e séries live-action e um monte de efeitos especiais (alguém aí lembrou de Godzilla?!). 

Na história, cinco dublês decidem abandonar o emprego e começar o próprio programa de TV, inspirado nos célebres super-heróis criados por Hain Saban e Shuki Levy.

O jogador de “Chroma Squad” pode contratar atores, comprar equipamentos e upgrades para o seu estúdio, customizar personagens, fazer armas e robôs gigantes de papelão e fita adesiva, lutar com diferentes tipos de inimigos e robôs gigantes. 

Desenvolvido pelo Behold Studios, de Brasília, o game feito com pixel art tem batalhas táticas, combinação de ataques e diferentes finais, bom humor e um bocado de referências à cultura pop. 

Ah… a trilha sonora também é digna de nota: um álbum com 30 faixas inspiradas em sons de games dos anos 80 e 90, com muitos sintetizadores. Em outras palavras, como afirma a página do projeto na Steam, 59 minutos da mais pura música Chiptune!

Outlive

Aqui temos um clássico, senhoras e senhores. “Outlive” é um jogo de estratégia em tempo real lançado no remoto ano de 2001, muito antes do boom da produção nacional, na era da internet discada (sim, isso existiu!). 

O hype da história toda é que Outlive foi o primeiro game de estratégia feito no Brasil e um dos projetos mais ousados e marcantes da indústria nacional. 

No jogo, você controla uma facção de seres geneticamente modificados ou robôs na disputa por recursos ao redor do sistema solar. Com a escassez de recursos naturais na Terra, houve uma crescente escalada de violência e surgimento de grupos terroristas e paramilitares. 

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Desenvolvido em Curitiba, no Paraná, o game ganhou o mundo, apesar das enormes dificuldades de distribuição da época. O jogo acabou ofuscado pelo sucesso de “StarCraft”, que saiu antes, com um esquema de distribuição profissional com o qual o modelo faça-você-mesmo da trupe brasileira não podia concorrer. 

Resultado: “StarCraft” vendeu mais de dez milhões de cópias e funcionou como embrião dos eSports, com uma forte cena competitiva profissional de jogos online. E “Outlive” entrou para a história da indústria gamer nacional, como o título que QUASE colocou o Brasil no mapa mundial dos jogos AAA.

Horizon Chase

Por falar em clássico, o quarto título da nossa seleção de jogos brasileiros que você precisa conhecer é “Horizon Chase”, um game de corrida inspirado no popular Top Gear, da Super Nintendo.

Lançado em 2015 para smartphones e depois portado para PC, Xbox One, Nintendo Switch e PS4, “Horizon Chase” desafia o jogador a completar corridas em pistas de diferentes localidades, com mudanças climáticas e nas condições de pistas que afetam o manuseio.

A adrenalina aumenta na forma de captadores de combustível que precisam ser obtidos para completar a corrida, assim como fichas que desbloqueiam novas pistas e o uso de impulsos de nitro para acelerar o carro do jogador. 

O jogador começa todas as corridas na parte de trás do pelotão e é obrigado a passar seus oponentes para ganhar, no game desenvolvido pelo estúdio gaúcho Aquiris.

Desenvolvido em 3D, o game tem uma estética retrô única inspirada em títulos 2D da era 16 bits. A cereja do bolo é a trilha sonora orquestrada pelo próprio Barry Leitch, compositor das músicas de Top Gear. Sem falar que Horizon Chase traz carros brasileiros como o Fusca e o Uno, o que, vamos combinar, é diversão extra para quem curte um carrinho das antigas.

Kaze and the Wild Masks

Fechamos a seleção brazuca com o novíssimo “Kaze and the Wild Masks”, lançamento do estúdio PixelHive para Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One e Google Stadia.

Inspirado em clássicos como o Super Mario World, que foi lançado nos anos 1990 pela Nintendo, o game segue o estilo retrô desde a interface 2D colorida e pixelada até o enredo. 

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A história segue o balanço de Kaze, uma coelha que vivia pacificamente em sua terra natal, Carrotland, até um meteoro de origem desconhecida atingir seu vilarejo e tornar todas as plantas do local em seres diabólicos e enfurecidos. 

Na pele da frenética coelha, o jogador pode usar poderes de máscaras especiais para superar inúmeros desafios, derrotando seus inimigos das formas mais divertidas e criativas possíveis.

Bônus track: Celeste

“Celeste” é um jogo desenvolvido pelos canadenses Maddy Thorson e Noel Berre, mas a arte made in Brazil, feita pelo estúdio MiniBoss, de São Paulo, costuma amolecer até os corações mais resistentes. 

Sim, o game é uma aventura 2D com desafio feroz, que exige reflexos rápidos e habilidade no controle. Mas é também uma história delicada sobre temas difíceis, como ansiedade e depressão. 

Assim, a missão do jogador é enfrentar desafios meticulosos, descobrir segredos ardilosos e desvendar mistérios, enquanto ajuda a protagonista Madeline a superar demônios internos em sua jornada até o topo da montanha Celeste.

Seguindo o estilo de plataforma 2D e lançado em janeiro de 2018 para Microsoft Windows, Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One, macOS, e Linux, “Celeste” saiu como Melhor Jogo Independente e Jogo Mais Impactante no The Game Awards. Além disso, foi indicado para Jogo do Ano e Melhor Trilha Sonora no Oscar dos games.

 

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